estive na reunião do GEC, na tarde de ontem, 14 de junho de 2007...pensamentos sobre:sujeito, subjetividade e identidade no ciberespaço...me veio a fala da professora lucia santaella na abertura do evento de cibercultura na reitoria da ufba, onde ela falava que a barreira entre virtual e real estava sendo quebrada...fui procurar no google mais sobre isso e achei algumas coisas:SUJEITO, SUBJETIVIDADES E IDENTIDADE NO CIBERESPAÇO
Identidades ... a novidade do ciberespaço não está na transformação de identidades previamente unas em identidades múltiplas, pois a identidade humana é, por natureza, múltipla. A novidade está, isto sim, em tornar essa verdade evidente e na possibilidade de encenar e brincar com essa verdade, jogar com ela até o limite último da transmutação identitária.
-- Lucia Santaella, Sujeito, subjetividade e identidade no ciberespaço
http://buzzine.info/marketinghacker/index.php?blogid=1&archive=2005-02
Santaella - em seu artigo “Sujeito, Subjetividade e Identidade no Ciberespaço” (2004) - chega a dizer que o sujeito agora se encontra
multiplicado em bancos de dados que se dispersam entre mensagens
eletrônicas, se descontextualizam em comerciais de Tv e se dissolvem e se
re-materializam em algum outro ponto, não mais fixo dos espaços estáveis,
mas distribuído em incessantes redes de transmissões e recepções
eletrônicas. Recolocando a questão da natureza da subjetividade frente ao
modo multidirecional da troca de informação no ciberespaço (SANTAELLA,
2004, p. 53).
http://www.unifacs.br/anpap/autores/74.pdf
No entanto, o que se observa nesse fim de século, é que essas noções estanques e parciais foram transformadas. Deixou de existir um paradigma preponderante na definição do sujeito e de sua subjetividade. Uma definição que foi subsituída por um complexo agenciamento de sentidos, uma grande teia de significados criados, mantidos e modificados pela linguagem. Um cenário onde noções ambivalentes e contraditórias podem coexistir e os conceitos são instrumentalizados de acordo com a finalidade das ações a que se propõem.
No mundo digital o sujeito e a subjetividade se estabelecem numa relação dialógica. Existem na linguagem e a partir dela. Nessse contexto, é possível que a noção de sujeito se misture com a de objeto, o humano se misture com a máquina, a realidade com a virtualidade.
No ciberespaço, cada usuário define a sua identidade, o seu sexo a sua personalidade através de uma construção lingüística, que pode ou não corresponder a sua realidade física, mas que dispõe de uma realidade virtual, uma existência não-corpórea mas real.
Nasce um indivíduo que não é mais formado por corpo e espírito, que não é mais um conjunto de estímulos previsíveis, nem tão pouco fruto, do determinismo histórico. É, enfim, um sujeito lingüístico, cuja identidade está em constante movimento é e, na sua existência efêmera, objetivada por processos lingüísticos complexos, mutantes, coletivos e multilineares.
Enfim, um sujeito que não mais se define por critérios ontológicos ou físicos. Um sujeito que se define na linguagem, no contexto, na interação. Que possui uma subjetividade coletiva e virtual, que pressupõe constantes inter-relações entre unidade e todo, entre o singular e coletivo, entre o tudo e o nada.
É nessa relação entre a construção da subjetividade e a linguagem, que se pode antever o papel significativo desempenhado pelos processos mediáticos contemporâneos e, em especial, dos novos agenciamentos da informação possibilitados pela linguagem hipertextual.
http://www.unb.br/fac/ncint/site/parte52.htm
http://www.pucrs.br/famecos/pos/revfamecos/28/anneloreoliveira.pdf http://reposcom.portcom.intercom.org.br/dspace/bitstream/1904/4654/1/NP7MACHADO.pdf
Para Lacan (1982), a linguagem e a fala estão sempre em processo de estruturação, sendo que ambas tecem a palavra, estruturam o pensamento, marcando posições simbólicas e imaginárias para os sujeitos. Os sujeitos são efeitos do discurso, estabelecidos na e pela linguagem.
www.ufsj.edu.br/Pagina/ppp-lapip/Arquivos/NadiaLaguardia2.doc
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